sexta-feira, 14 de março de 2014

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS ECONÔMICOS

A evolução dos sistemas econômicos, nesses últimos dez mil anos, foi marcada por duas características norteadoras de todo o processo:
  • Especialização: sistema de produção segundo o qual cada indivíduo se concentra em um número limitado de atividades; e
  •  Troca: dar uma coisa por outra, substituir uma coisa por outra, permutar.
Através da especialização e da troca, as nações puderam dispor de maior produção, e os padrões de vida foram se elevando.
Diante disso, todas as nações passaram a aumentar o grau de especializações e de trocas.
As razões pelas quais a especialização e a troca permitem o crescimento da produção podem ser observadas pela capacidade humana de aprender durante a vida. Isto significa que o ser humano
possui a capacidade de aprender a fazer coisas durante a vida.
Diante disso, a especialização torna-o mais hábil para fazer algumas poucas coisas, em vez de ser amador em várias. Uma outra razão que se justifica é pelo tempo necessário para mudar de uma atividade para outra. Segundo Hall e Liberman (2003, p. 34), “[...] quando as pessoas se especializam e, com isso, passam mais tempo realizando uma só tarefa, há menos perda de tempo decorrente da
transição entre as tarefas”. Percebe-se, com isso, uma alteração nos níveis de produtividade dessa economia, levando-a a um crescimento do nível de produção.
Uma forma simples de entendermos e visualizarmos como se organiza a economia, como seus participantes interagem uns com os outros, como os compradores e consumidores se relacionam entre si e com o governo e, ainda, como a economia interna se relaciona com o setor externo, se expressa através do diagrama do fluxo circular ampliado. Veja a Figura
Diagrama do fluxo circular
Podemos observar que o diagrama do fluxo circular evidencia visualmente as relações econômicas instituídas e facilita o entendimento no que diz respeito ao funcionamento da economia,
utilizando as seguintes categorias: produtores (organizações), consumidores (famílias), governo e setor externo.
Verificamos no diagrama do fluxo circular a existência de relações entre os diversos agentes que compõem o mercado interno e também a relação desse mercado com o setor externo. Com a
presença de pessoas, empresas (grandes, médias, pequenas, formais e informais) e governos (municipal, estadual e federal), as relações estabelecidas dão sustentação ao mercado. Isto acontece em quase todos os lugares, e uma relação direta e indireta com o meio ambiente
acaba sendo processada. Para pensarmos em produção de bens e serviços precisamos considerar como elemento básico da análise a questão ambiental.
Diante do exposto, podemos dizer que a atual discussão sobre o tema meio ambiente e desenvolvimento econômico reflete a relação contrária que se manifesta, por um lado, diante do modelo de desenvolvimento adotado e os impactos provocados ao meio ambiente e, por outro lado, o que esses impactos ambientais podem provocar no modelo de desenvolvimento.

Você sabia que, no sistema econômico, tudo pode e deve ser avaliado monetariamente, de modo que toda a produção de bens e serviços que uma economia produz pode ser transformada em valor, medido pelo dinheiro ou pela moeda?
Mas como mensurar as atividades econômicas?


Mensurar significa quantificar essas relações. Logo quando as atividades econômicas de um país são mensuradas, a sociedade passa a ter mais clareza do seu processo de desenvolvimento econômico. Acompanhe como se desenvolvem o Fluxo Real e o Fluxo
Monetário da economia, ilustrados nas Figuras 2 e 3,respectivamente.

Figura 2: Fluxo real da economia
Fonte: Elaborada pelos autores

Figura 3: Fluxo monetário da economia
Fonte: Elaborada pelos autores
   

De acordo com as figuras, note que enquanto o Fluxo Real procura evidenciar as relações de demanda e oferta existentes no mercado de bens e serviços, o Fluxo Monetário deixa claro a relação
de pagamentos efetuados no mercado de bens e serviços, e a remuneração dos fatores de produção.
Assim podemos afirmar que o sistema econômico é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade.
Independentemente do seu tipo, todo sistema econômico deve, de algum modo, desempenhar três funções básicas – básicas em Economia, determinando:
  •  O que produzir e em que quantidade: precisamos definir entre as possibilidades, o que e qual a
quantidade a ser produzida, de modo a satisfazer o mais adequadamente a sociedade;
  •  Como produzir tais bens e serviços: devemos definir quem vai ser o responsável pela produção, qual a tecnologia a ser empregada, qual o tipo de organização da produção etc.; e
  •  Para quem produzir, ou seja, quem será o consumidor: devemos definir o público-alvo e as maneiras através das quais o produto deverá atingi-lo.
Mas como as sociedades resolvem os seus problemas
econômicos fundamentais: o que e quanto, como e para quem
produzir?


A resposta depende da forma de organização econômica. Cada relação entre esses agentes caracteriza um mercado em particular. No campo da Microeconomia*, podemos analisar o mercado de petróleo, de soja, de mão de obra para o setor financeiro etc., enquanto, no campo da Macroeconomia*, podemos destacar o funcionamento do mercado de bens e serviços, mercado de trabalho como um todo, mercado financeiro e mercado cambial.
Note que, no mundo de hoje, entender de economia e compreender como funcionam os mercados, em suas reais dimensões, problemas e implicações em termos de bem-estar social, econômico e político, nos auxilia bastante nas tomadas de decisões.
O mercado possibilita enxergar outras variáveis (outras relações) que não se encontram apenas no campo da economia.
Existem duas formas principais de organização econômica:
  •  Economia de mercado (ou descentralizada, tipocapitalista); e
  • Economia planificada (ou centralizada, tipo socialista).
Os países organizam-se dessas duas formas ou possuem algum sistema intermediário entre elas.
Outra questão importante, que surge na esfera do estudo econômico, diz respeito às distinções entre as preocupações macro e microeconômicas. Contudo, vale salientar que, embora, aparentemente díspares, ambas tratam do mesmo objeto: o sistema econômico.
Como já vimos, a Microeconomia trata do comportamento das unidades econômicas, enquanto a Macroeconomia aborda o conjunto da economia. Para tanto, sempre são feitas abstrações.

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