sexta-feira, 14 de março de 2014

ESCOLA FISIOCRATA

“Fisiocrata” vem de “fisiocracia”, que significa “poder da natureza”. Os fisiocratas não acreditavam que uma nação pudesse se desenvolver mediante, apenas, o acúmulo de metais preciosos e estímulos diretos ao comércio; acreditavam ser necessário também o investimento em produção. Não na produção industrial (ou comercial), mas na produção agrícola, pois somente nessa eram
possíveis a geração e a ampliação de excedentes.
Agora que você já sabe o significado do termo fisiocrata, saberia dizer qual o objetivo da investigação dos fisiocratas?
Isso mesmo! O objeto da investigação dos fisiocratas é o sistema econômico em seu conjunto, sendo este conjunto regido por uma ordem natural, à semelhança da ordem que rege a natureza física.
Na Escola Fisiocrata tivemos um grupo de economistas franceses do Século XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, uma Teoria do Liberalismo Econômico. As teses do liberalismo econômico foram criadas para combater o mercantilismo.
 A Teoria Liberal pressupõe a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma, no
qual todos os agentes econômicos são movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade. ou seja, podemos entender, desde já, que o pensamento fisiocrático é uma resposta direta, ou uma reação, ao mercantilismo.

François Quesnay (1694–1774), médico da corte de Luís XV e de Madame de Pompadour, foi o fundador da escola fisiocrata, com a publicação na França, em 1758, do livro Tableau Economique, em que apresenta a primeira análise sistêmica da formação de uma economia no formato macro. François Quesnay tem uma grande importância na economia e foi o mais influente representante da escola fisiocrata.
Dentre as características da escola fisiocrata podemos
destacar:
comércio baseado no regime do exclusivo comercial (metrópole e colônia); e
 monopólio do Estado na regulamentação das atividades comerciais.

Você esta conseguindo acompanhar nosso pensamento? Vamos
adiante, então?
Mas, em caso de dúvida não hesite em consultar seu tutor.

Os fisiocratas concedem à ordem da natureza uma economia inteiramente de mercado (capitalista), na qual cada um trabalha para os demais, ainda que acredite que trabalhe apenas para si mesmo.
Os fisiocratas acreditavam que as economias obedeciam a leis naturais. O Quadro Econômico proposto por Quesnay influenciou os estudos macroeconômicos e quantitativos na ciência
econômica.
É importante destacarmos ainda a elevada menção que os fisiocratas atribuíam à ordem natural decorrente da estrutura econômica francesa por volta de meados do Século XVIII. Tratavase
de uma economia predominantemente agrícola, sendo a terra propriedade de caráter eminentemente senhorial.
O capitalismo já se desenhava na agricultura, e existia uma classe bem definida de arrendatários (pessoas que arrendavam as terras dos senhores para trabalhar). Também existiam muitos camponeses (pequenos agricultores) em boa parte do país. Do confronto entre a agricultura capitalista e a camponesa, obtivemos a superioridade da agricultura capitalista em termos da capacidade produtiva. Naturalmente, isso levava à crença de que agricultura baseada na produção capitalista (e não mais no
fundamento do feudalismo), baseada na capacidade empresarial dos arrendatários burgueses (lembre-se disso!), constituía a mais avançada e a mais desejável das formas de produção.
O único trabalho produtivo dos fisiocratas é o trabalho agrícola. E está na terra o poder de dar origem a um produto líquido que se liga, fundamentalmente, à renda fundiária. Talvez, nesse ponto, resida grande limitação teórica dos fisiocratas, na medida em que consideravam apenas produtivo o trabalho agrícola.
Como observamos, para os fisiocratas, a sociedade é governada por leis naturais semelhantes às que existem na natureza. Portanto, o Estado, não deve intervir nesta ordem natural. Com isso, conforme dito antes, criticavam o intervencionismo estatal do mercantilismo e defendiam a posição liberal do
Estado, com frases que ficaram na história: laissezfaire e laissez-passer (deixai fazer e deixai passar).

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